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"Para mim, as diferentes religiões são lindas flores, provenientes do mesmo jardim.
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sábado, 23 de julho de 2011

Casas e Causa

Casas e Causa

Publicado por SamaritanosInterativomai 24, 2011
No Movimento Espírita é natural que exista a preocupação com a existência de sedes das instituições e, se possível, que sejam próprias.
Nessas sedes se desenvolvem as atividades em geral e, no contexto atual, é desejável que elas ofereçam conforto e boa aparência sem, no entanto, resvalar na grandiosidade e no luxo. Evidentemente que devem ser adequadas ao cumprimento de suas finalidades e também ao meio onde foram edificadas.
A propósito, Emmanuel assim define o Centro Espírita:
Um centro espírita é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna.
E André Luiz sugere sobre as condições físicas: “O recinto das reuniões pede limpeza e simplicidade”.
A análise histórica poderá ser boa conselheira no sentido de se verificar o que ocorreu com os movimentos religiosos que se fundamentaram nas edificações materiais e na estrutura organizacional.
Com base em Paulo – “Temos um altar” – Emmanuel comenta sobre o “Altar íntimo”:
Até agora, construímos altares em toda parte, reverenciando o Mestre e Senhor. [...] Materializado o monumento da fé, ajoelhamonos em atitude de prece e procuramos a inspiração divina. [...] Apresentemos, portanto, ao Senhor as nossas oferendas e sacri fícios em quotas abençoadas de amor ao próximo, adorandoo, através do altar do coração, e prossigamos no trabalho que nos cabe realizar.
Sobre o assunto, também merecem atenção as sedes de Órgãos e de Entidades Federativas,que têm a tare fa de dinamizar a união e a unificação.
O documento de trabalho Orientação aos Órgãos de Unificação, aprovado pelo Conselho Federativo Nacional da FEB, define conceitos relacionados com o tema, como as ações de Entidade Federativa como Centro Espírita e campo experimental:
Em algumas condições a Entidade Federativa pode executar ações chamadas de campo experimen tal.O campo experimental, agregado à própria Entidade Federativa, ou a um ou mais Centros Espíritas por ela designados, deve ser entendido como um local onde estão sendo implementados projetos, pesquisas e programas de estudo e de prática, inclusive com o objetivo de avaliá-los e convalidá-los. Historicamente, a Entidade Federativa pode ter se estruturado em um Centro Espírita e este pode ter mantido suas atividades, que não devem ser confundidas com as de campo experimental. A estrutura e as atividades que caracterizam um Centro Espírita devem atender às recomendações de Orientação ao Centro Espírita. A Entidade Federativa que mantém campo experimental ou um Centro Espírita deve priorizar suas atividades federativas, de forma coerente com seus estatutos. O campo experimental ou o Centro Espírita podem colaborar com a formação de equipes de trabalho para as atividades federativas, nas quais devese privilegiar a participação representativa e as experiências bem sucedidas de todo o território de abrangência da Federativa.
A sede física de um Órgão ou Entidade Federativa deve ser entendida como um ponto de referência.Na realidade, devese trabalhar com o conceito ampliado de sede – estendida –, e relacionada com a seara espírita e a comunidade em que se inserem.
Entendese por atividade federativa as ações que visem a difusão da Doutrina Espírita, a união fraterna entre as instituições espíritas e os espíritas, bem como o apoio aos Centros Espíritas, propiciando o trabalho em equipe e a preparação de trabalhadores. As ações devem ser implementadas pela Entidade Federativa e seus órgãos, em todo o território de sua abrangência.
As sedes devem ser entendidas como postos de trabalho, prioritariamente voltadas para a preparação de trabalhadores espíritas.O foco de atenção dos trabalhadores e o públicoalvo não devem estar circunscritos a trabalhos internos, ou seja, às atividades intramuros.A ação envolve toda a área de abrangência do Órgão ou da Federativa.
O desenvolvimento de atividades com base em objetivos bem definidos enseja condições para o planejamento consubstanciado em prioridades. A execução do plano de trabalho da instituição é fim, enquanto a sede e as necessárias estruturas organizacionais são meios.A edificação física e a orga nização administrativa são im portantes, mas a dinamização das atividadesfim são indispensáveis, para que “prossigamos no trabalho que nos cabe realizar” .
As soluções para os problemas administrativos, inclusive das sedes das instituições, e as recomendações para as suas atividades “devem ter como parâmetro o que é simples e viável para a maioria das instituições” brasileiras, pois urge a difusão dos princípios espíritas em todas as faixas sociais, até mesmo favorecendo o acolhimento dos simples no Movimento Espírita.
A transição para a Nova Era já se inicia e o Espiritismo deve “cumprir seu papel – de consolo, apoio, esclarecimento e contribuição para a libertação espiritual” .
A Causa é mais importante do que a Casa!

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Ser Especial



Ser especial


Conta-se que um famoso palestrante começou um seminário segurando uma nota de cem reais. Para as cerca de duzentas pessoas que se encontravam na sala, ele perguntou quem queria aquela nota.
Todos ergueram a mão.

Então, ele amassou a nota e perguntou outra vez quem desejava possuí-la. As mãos continuaram erguidas.
Ele amassou a nota um tanto mais. Depois de se encontrar bem amarrotada, a mostrou ao público e repetiu a pergunta.

Eles continuavam a querer a nota. Agora, pareciam ansiosos, esperando que ele decidisse, de uma vez por todas, quem a receberia.

Mas, o palestrante a colocou com cuidado sobre a mesa, procurando alisá-la, a fim de que melhorasse seu aspecto. Enquanto ia fazendo isso, lentamente, foi falando:

O que acabamos de vivenciar nos deve servir de grande lição. Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês ainda irão querer esta nota, porque ela não perde o valor.
Amarrotada, amassada, dobrada, envelhecida, enrugada, ela continuará a ter o mesmo valor, cem reais.

Pois bem. Em nossas vidas também ficamos um tanto amassados, amarrotados pelas desilusões que nos permitimos, pelas dificuldades próprias da vida, pelo cansaço que vai tomando conta de nós.

Às vezes, nos dobramos ante o peso das dores que nos chegam. De outras, o pranto que derramamos pela perda financeira ou pelo abandono de um amigo, nos deixa com aspecto doentio, enrugado. É como se nos permitíssemos murchar pela dor.

Os anos pintarão marcas em nossas faces, alterando o brilho dos olhos e a maciez da pele. As mãos perderão algo da sua flexibilidade e as pernas demorarão um pouco mais para a realização dos movimentos.

A nossa memória poderá nos pregar algumas peças, ensejando-nos trocar nomes de pessoas, esquecer datas importantes ou fatos ocorridos.

De outras vezes, poderemos nos sentir como notas sujas, pelas decisões erradas que tomamos. É quando o remorso chega e tenta se assenhorear de nossa mente.

Quando tudo isso acontece, nos sentimos homens ou mulheres sem valor.

Mas, não é verdade. Não importa quanto estejamos sujos, maltratados, amarrotados, pisados, enrugados. Continuamos a ter valor. Um valor especial.

Isso porque cada um de nós é especial. Somos espíritos imortais e se, a caminho da perfeição, passamos por pântanos, estradas solitárias e lamaçais, ainda assim continuamos a ser especiais.


*   *   *

Não entremos em depressão por descobrir que somos uma pessoa com muitas falhas.
É sempre tempo de recomeçar. Levantemos a cabeça. Tomemos a decisão. E mudemos.
Se praticamos o mal, proponhamo-nos a consertar o que for possível.

Se estamos magoados, sacudamos a poeira dos sentimentos que nos deixam doentes, observemos o dia que nasce e conscientes de que somos únicos, adentremos pelos caminhos que produzem vontade de viver.

Se, por acaso, descobrirmos que ninguém nos ama, tenhamos certeza que, acima e além de todos, quem nos criou, nos ama de forma incondicional.

Assim, espanquemos a tristeza. Acabemos com o desânimo.
Lembremos: hoje é o melhor dia de toda nossa vida. E somos seres muito, muito especiais.

Redação do Momento Espírita, com base no
artigo Para um amigo especial, de autoria
ignorada.
Em 23.4.2014.

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